terça-feira, 25 de junho de 2013

Caju tem praia?

Com essa pergunta, a professora Samantha Lobo iniciava o passeio pela exposição “(Re)Descobrindo o Bairro do Caju: história, memória e patrimônio”, realizada em parceria com a equipe do CIEP Henfil no dia 04 de novembro.

Durante todo o dia, alunos da Educação Infantil ao 5º ano e moradores do bairro visitaram a exposição e a mostra de trabalhos da turma 1103 da professora Christina Müller. As turmas de 4º e 5º anos também participaram de uma sessão de vídeo com debate coordenada pelo professor Alexandre Reis.
À noite, a mesa redonda contou com a presença dos alunos do PEJA, de professores e direção da escola, moradores do bairro e do coordenador das Associações de Moradores do Caju, Uiliam Gonçalves.
Esta foi a 2ª edição da exposição, tendo sido a primeira realizada em 2010 na Creche Municipal Virgínia Lemos, por ocasião da Semana Comemorativa do Caju. A iniciativa desta exposição partiu da necessidade de compartilhar conhecimentos sobre a história deste bairro e de suas comunidades tão pouco valorizada pela/na cidade.

*Originalmente postado em 27 de novembro de 2011 no blog do CIEP Henfil.

sábado, 12 de novembro de 2011

Caju na Rede

Esse blog não será mais atualizado. Agora você pode saber mais sobre o bairro do Caju no site cajunarede.net.
No site estão disponíveis notícias veiculadas na mídia, indicações de documentários e livros, artigos e muito mais.
Aguardo vocês lá!

Um abraço,
Samantha Lobo


terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Caju é Real

Por Alexandre dos Reis


Quando Dom João VI,  acometido de uma infecção causada por um carrapato, buscou cuidados médicos, lhe foi recomendado que tomasse banhos de mar, que seu mal desapareceria. Diante de um vasto litoral, foi escolhido o mar do Caju, mais precisamente a praia do Caju, onde havia a construção de um pequeno cais, e também uma banheira furada, onde pudesse banhar-se sem a interferência dos caranguejos, dos quais tinha verdadeiro pavor. Se pudermos dizer que a frase “terra a vista” foi um marco do achamento de nossas terras, “mar a vista” poderá ser uma metáfora usada para um importante marco da cidade do Rio de Janeiro: a descoberta do balneário do Caju, que iria colocar esse pedaço carioca nas badalações da elite, tornando-se essa praia o primeiro balneário brasileiro.

 A presença da realeza no Caju tornou o espaço territorial comum a toda elite da época que, para acompanhar o poder, comprou terras por esses lados. Ricos comerciantes, latifundiários e visionários se instalaram nas terras que agora tinham ligação direta com o venerado monarca. Tornaram o Caju em terras reais, ou melhor, a quinta do Caju era um pedaço especial do reino.
Com tanta honraria e badalação, é claro que essa terra logo despertaria interesses diversos: uma imensa fábrica de tecidos seria instalada no Caju no final do século XIX. Até uma rampa para a parada de hidraviões seria construída nessa área.

 A ocupação desordenada também seria uma realidade na área do Caju. A presença dos cemitérios, da fábrica de tecidos, da casa de amparo a velhice, do hospital de isolamento - o primeiro nessa especialidade na cidade do Rio de Janeiro, do arsenal de Guerra e a construção da Avenida Brasil - que, cortando o bairro de São Cristóvão, faz nascer o bairro do Caju na década de 40 do século XX, trazem consigo a imigração em massa para este recanto.
E como uma afronta aos governos que se instalaram no poder do Rio de Janeiro, desde então o Caju resiste ao avanço feroz das grandes empresas que, para abrir caminhos ao porto do Rio, destroçam histórias e vidas. A degradação deste lugar é visível em todos os lados para onde se olhe: podemos ver poeira, lixo, violência, falta de escolas, falta de áreas de lazer, acesso a saúde, acesso a dignidade e, por fim, detém um dos piores IDH do município. É perceptível que a História do Caju deixou, a muito, de ser da realeza para ser o da realidade, fazendo-se necessário um grito: GOVERNANTES, O CAJU É REAL.

domingo, 16 de outubro de 2011

Literatura & Rio de Janeiro: CASA DE BANHO DE D. JOÃO VI NO CAJU

Literatura & Rio de Janeiro: CASA DE BANHO DE D. JOÃO VI NO CAJU

Dia da Favela - Lei

O Dia da Favela 4 de novembro foi instituído no município do Rio de Janeiro pela Lei Municipal nº 4383/06 e revogada pela Lei Ordinária nº5146 de 07 de janeiro de 2010 que "Dispõe sobre a consolidação municipal referente a eventos, datas comemorativas e feriados da Cidade do Rio de Janeiro e institui o Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas da Cida
de do Rio de Janeiro".

Lei 4383/06 | Lei nº 4383 de 28 de junho de 2006 do Rio de janeiro

Autor: Vereador Edson Santos

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Dia da Favela, no Calendário Oficial do Município do Rio de Janeiro, a ser comemorado no dia 4 de novembro de cada ano.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

CESAR MAIA

Prefeito Municipal

Link: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/257657/lei-4383-06-rio-de-janeiro-rj

Lei 5.146/2010 de 07 de janeiro de 2010 do Rio de Janeiro




Link: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/873957/lei-5146-10-rio-de-janeiro

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dia da Favela - evento

No dia 04 de novembro de 2011 acontecerá a 2ª edição da exposição de fotografias "(Re) Descobrindo o Bairro do Caju: história, memória e patrimônio".
Este ano, a exposição será realizada no CIEP Henfil (rua Carlos Seidl, s/nº - Caju) de 10:00 às 20:00 e será aberta ao público.
Durante todo o dia, além da exposição, acontecerão também atividades culturais: contação de histórias, exibição de filmes com debate, apresentação de slideshow sobre a história das favelas no Rio de Janeiro e muito  mais.
A exposição é realizada pela Professora Samantha Lobo e conta com a colaboração dos professores Erika Bueno e Alexandre dos Reis, e com o apoio da nova direção do CIEP Henfil.

sábado, 13 de agosto de 2011

Livro "Geografias Cariocas"


Em maio, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro lançou o livro "Geografias Cariocas", da escritora Luciana Sandroni, voltado para o público infanto-juvenil. Tive acesso ao livro, que traça um roteiro dos pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro e é realmente bastante interessante.

No entanto, mais uma vez, constato que o bairro do Caju com seus cemitérios e o Museu da Casa de Banho foi esquecido, embora o livro tenha um capítulo inteiro sobre a Zona Portuária.

Me pergunto quais motivos levam a esse "esquecimento" do bairro, e a resposta que me vem, a grosso modo, é que lá estão escondidas realidades que a sociedade não faz a menor questão de lembrar que existem: morte, lixo, doença e miséria.
Mas no bairro não existe apenas ISTO, e além do mais, até ISTO pode e deve ser visto com outros olhos.
O lixo se transforma em filme se visto de outro modo, vide o documentário Lixo Extraordinário, e o Museu da Limpeza Urbana - Casa de Banho de D. João VI é um espaço muito interessante para ser visitado por moradores da Cidade Maravilhosa e por turistas.
Cemitério pode ser ponto turístico! Quem foi a Buenos Aires e não visitou o Cemitério da Recoleta?


Tudo é uma questão de como direcionamos nosso olhar!

"Se podes olhar, vê.
Se podes ver, repara."
(Saramago)

De qualquer forma o livro é bastante interessante e pode ser um valioso instrumento de trabalho, diversão e conhecimento para professores e alunos.